O astrónomo dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601) anotou-a no seu diário, nesse ano de 1572: «uma noite, quando estava a contemplar, como habitualmente, a abóbada celeste, vi, com inexprimível espanto, perto do zénite, em Cassiopeia[1], uma estrela radiante de extraordinária magnitude». Brahe vira uma Supernova – a explosão de uma estrela no termo da sua existência.
A imagem, captada pelo Laboratório Espacial Chandra, põe diante dos nossos olhos, com um detalhe fascinante, os escombros gerados pela explosão da Supernova observada por Tycho Brahe em 1572.
As cores representam as diferentes emissões de raio X – vermelho, verde e azul, representando emissões de baixa, média e alta energia, respectivamente.
Uma onda de choque produzida pela expansão dos escombros é delineada por um arco azul de gás, exterior, à temperatura de 20 milhões de graus Celsius.
Os escombros da “estrela nova” são visíveis apenas em raio X e trata-se, provavelmente, de uma Supernova de tipo Ia – resultado da detonação e destruição de uma estrela anã branca.
Copérnico & Galileo
[1] Cassiopeia: constelação situada entre as latitude 90 e –20 graus; visível todo o ano no hemisfério norte, mas a melhor observação é no mês de Novembro; as sua estrelas principais formam um W, com o lado esquerdo em ângulo mais aberto.
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