(Cosmologia[1])
fig.1
Imaginamos o espanto e temor dos primeiros homens perante os “fenómenos celestes”, observáveis do seu abrigo nocturno. Um eclipse no luar de Janeiro…, o aparecimento de uma Supernova… mas desde sempre alguém manteve a curiosidade de observar o céu…, até que…
…Aristóteles[2] pensou um sistema de Universo perfeito, orbitando à volta da Terra – esta imóvel – no seu centro. O sistema era imutável, não tivera princípio, nem teria fim.
Nesta visão geocêntrica do Universo, os planetas Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno (os planetas então conhecidos), assim como o Sol e a Lua, perfaziam órbitas circulares perfeitas à volta da Terra, estando as estrelas fixas à esfera celeste.
No entanto, os planetas não descreviam um movimento uniforme em órbitas circulares. Por vezes o seu movimento mudava de sentido, parecendo que andavam para trás durante algum tempo, até retomarem a direcção original. Para resolver este problema foi introduzido o conceito de epiciclo. Para os gregos, a ideia do movimento circular vinha de se considerar que o círculo era a forma perfeita. Assim, às trajectórias circulares foram sobrepostas outras trajectórias circulares – os epiciclos – para que a observação e os cálculos matemáticos coincidissem. Mesmo assim, foi difícil para os astrónomos encaixar o caso do movimento do planeta Marte…
Copérnico&Galileo
fig.1 – o Universo Aristotélico: um Universo centrado na Terra, proposto por
Aristóteles, foi geralmente aceite como verdadeiro até ao séc. XVI, apesar de ter havido alguns filósofos gregos que pensavam que o Sol devia ser considerado o seu centro. O desenho é do séc. XVI, representando as posições relativas dos planetas, em volta dos quais se observa uma esfera de estrelas, que rodava uma vez por dia.
[1] Cosmologia (Gr. Kosmologia, tratado das leis finais que regem o Universo), ciência que estuda o Universo como um todo, incluindo a sua origem, a sua evolução e teorias do seu desenvolvimento futuro.
[2] Aristóteles (384-322 a.c.): filósofo da antiguidade clássica grega, discípulo de Platão, fundou depois a sua própria escola. As suas doutrinas influenciam o pensamento contemporâneo (a lógica, a ética, a política…).
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